sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Informação

E se toda informação do mundo ficasse presa em um único lugar, sem acesso de nenhum ser humano?

Começando por coisas simples, acredito que não saberíamos mais se vai chover ou não no dia que planejamos o nosso passeio com a família ou com os amigos. Mas nossos pais e avós também não sabiam!

Isso seria o menor de todos os nossos problemas, afinal de contas nossos antepassados não tinham tanta tecnologia a seu serviço antes de qualquer tipo de viagem!! Às vezes dava certo, às vezes não!! Mas sempre todos se divertiam...

Também não saberíamos os lugares que estavam engarrafados para procurarmos outro caminho para nosso destino. Isso seria muito importante no caso de uma emergência como levar alguém ao hospital. Mas também naquela época não tinha tantos carros na rua como hoje...

E por falar em hospital, como saberíamos que tipo de vírus ou bactéria está atacando as pessoas e como se defender delas? Antes muitos morriam numa velocidade espantosa pela simples falta de informação.

Como saberíamos onde investir nosso dinheiro? Só teríamos a famosa e popular poupança.

Como saberíamos onde estão as melhores oportunidades do mercado local, nacional ou mundial? Só saberíamos perguntando para os produtores e fabricantes.

Como saberíamos quais os avanços tecnológicos em todas ou em qualquer área? Ia demorar pra sabermos, entendermos e avaliarmos a necessidade disso nas nossas vidas.

Demoraria muito para ajudarmos as pessoas que passariam por terremotos, maremotos, furacões e muitos morreriam antes de chegar ajuda apropriada disponível no mundo, muitas vezes ao nosso alcance.

Não entenderíamos as negociações entre os políticos que decidem nosso futuro e o futuro de nossos filhos. Não teríamos como opinar nem escolher com mais segurança na hora de votar.

E a internet então?? Nossa, não me imagino mais sem ela! Saber as coisas do mundo todo no tempo de um piscar de olhos. Toda vez que tenho uma dúvida sobre uma palavra, acontecimento, um sintoma de uma doença, das propriedades de um alimento e muitas outras coisas é na internet que eu consigo.

Para alguém como eu que é membro da Igreja de Jesus Cristo, ficar sem obter os discursos, dicas de escrituras, e todas as facilidades que o site oferece me parece impossível.

No final das contas nos tornamos escravos da informação, seja ela no papel, na TV ou no PC.

Só tem um probleminha: Nesse ponto da nossa história precisamos escolher com muito cuidado a fonte em que buscamos a informação. Afinal de contas temos informação demais no mundo, mas muito sensacionalismo e balela em cima de um único acontecimento, onde o propósito não é informar, mas prender o telespectador na emissora para que eles ganhem muito dinheiro com isso, sem acrescentar nada de mais na vida de quem quer que seja.

A informação bem usada pode e nos dará poder de decisão em tudo em nossas vidas. A falta dela nos faz escravos de corruptos, de doenças, da pobreza e da ignorância.

Então por que ainda temos tanta doença na nossa sociedade? Por que temos tantos corruptos nos cargos de confiança nos roubando? Por que existe tanta pobreza entre nosso povo? Por que a ignorância (que para compreender melhor essa palavra leia-se falta de conhecimento), que atinge mais da metade do nosso povo, se mostra tão presente no nosso dia-a-dia?

Infelizmente a resposta está no total desinteresse. As pessoas não se interessam em obter conhecimento por não saber o que fazer com ele ou por pensarem que em nada lhes acrescentará na vida. Preferem os programas que fazem da notícia um show de horrores e exageros, fechando os olhos da maioria para o que realmente é importante. O velho e mais eficaz truque de “pão e circo” continua dando certo!

Com tudo isso, nos perguntamos por que não conseguimos o melhor emprego, o que paga mais, por que continuamos sofrendo com tantas doenças, por que tantos de nossos jovens e crianças estão “infurnados” nas drogas sem esperança de um futuro, sem visão de que é possível ter uma vida melhor a qualquer momento.

Nos tornamos uma sociedade imediatista, queremos tudo para ontem, mas não nos damos o trabalho de procurarmos a melhor informação, não buscamos o melhor conhecimento por que isso dá muito trabalho e demora demais. Preferimos jogos de todos os tipos, programas de distração, internet da desinformação. No final das contas, se temos o “pão e o circo” estamos felizes.

Então no final de tudo, se pararmos para pensar, é o mesmo que termos milhares de excelentes informações fora do alcance de nossas mãos. É como se tudo isso estivesse trancado em uma grande sala de vidro inquebrável e sem porta.

O duro é saber que nós mesmos construímos essa sala para vivermos uma vida miserável e padecermos de todo tipo de dificuldade.

Hora de mudar!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um novo velho amigo

Naquela amanhã eu tinha decidido que iria no Haras que tinha perto de casa!! Tudo por que eu peguei o ônibus errado no dia anterior e andei uns metros a mais em um dia super estressante! Como não tinha mais nada a fazer do que andar, resolvi andar devagar. Então eu comecei a perceber os sons a minha volta em um bairro calmo da região. Percebi também que eu andava do lado de um muro super alto e branco de aproximadamente uns três metros de altura. De dentro desse muro muitas árvores apareciam e invadiam a calçada dando uma sombra agradável, foi então que notei de onde vinham os sons doces dos pássaros. Mais ao longe eu ouvi o som que me fascina desde menina: Cavalos. Comecei a ficar curiosa para saber onde terminava esse muro sem fim e que cavalos seriam esses. Apressei o passo e quanto mais rápido andava mais cavalos eu ouvia, mais pássaros cantavam e então eu senti algo que me faz parar para simplesmente sentir... o vento!!! Uma brisa agradável que mais parecia um carinho dos céus me acalmando e me dizendo que tudo vai ficar bem! Levantei o rosto para o céu e vi o azul sendo pintado de nuvens brancas apressadas. O vento acariciava meu pescoço e fazia meus cabelos voarem... que sensação ótima! O stress nessa hora parecia ter me abandonado e uma esperança invadiu meu peito, de que tudo iria mudar dali em diante. Meu coração foi invadido por uma oração de gratidão. Então voltei a apressar o passo, mas dessa vez os sentimentos que me invadiam eram outros. Queria ver o final do muro e saber dos animais que ali estariam.

Num portão alto e fechado, branco como todo o resto do muro, uma fresta nada pequena me deixou ver o interior. Um homem estava varrendo o chão calmamente, como se tivesse a vida inteira para terminar o trabalho. Sempre me surpreendo com pessoas assim, afinal de contas eu vivo correndo sempre.

Fiz questão de chamá-lo, no que ele prontamente largou a vassoura feita de um tipo de mato, parecia mesmo que ele tinha tirado aquilo das folhas de uma árvore como uma palmeira ou coisa parecida.

Ele se aproximou com um sorriso tímido, olhos profundos, mas de doce olhar, costas curvadas pela idade, abriu um portãozinho que tinha na lateral, esticou a mão e me cumprimentou com suas mãos calejadas e muito grossas. Logo perguntei para ele que lugar era esse que tinha cavalos tão perto da cidade e se eu podia alugar um para andar e... mal conseguia parar de falar e perguntar quando notei o sorriso dele com um olhar diferente...

_ Sempre recebemos pessoas aqui como você. Essa cidade deixa as pessoas malucas mesmo.

Comecei a rir de mim mesma e da simplicidade daquele senhor tão simpático.

_ Calma filha, esse é um Haras, mas também tem cavalos para serem alugados. Já há algum tempo os donos resolveram colocar animais para alugar já que a procura se tornou muito grande. Essa hora já está tarde para todos e os animais já foram recolhidos, por que não volta no sábado?

Achei a idéia ótima e me programei para tirar tudo o mais da minha vida no sábado, separei um dinheiro para alugar um cavalo e naquele sábado bem cedo eu estava lá.

Lá estava aquele senhor perto da porta como se estivesse me esperando. Eu cheguei lá perto das sete da manhã, tamanha minha ansiedade para entrar em um lugar que para mim é parte do paraíso. Cavalos são animais nobres, sensíveis, amigos, fiéis e inteligentes e, especialmente para mim, fascinantes!

Percebi que tinha muita gente andando por ali, provavelmente donos dos cavalos, alunos, professores de equitação, e visitantes como eu. Acredito que a mais maravilhada e com cara de boba era eu mesma!

Lindos animais de todo tipo, raças caras como corcel, mustang, mangalarga, e outros que não conheço por ser uma amante desses animais à distância. Melhor dizendo, não uma especialista...

Seu Manoel me levou até um galpão com várias baias e me disse para eu escolher o que eu queria para andar.

_ Seu Manoel, nasci e fui criada na cidade, andei de cavalo três vezes na minha vida e acredito sinceramente que não tenho a menor condição de escolher um bom cavalo, seguro para passear nesse lugar tão lindo.

_ Não se preocupe, esses são os mais calmos e treinados. Tudo o que você precisa fazer é escolher um que você sinta no seu coração que te ajudará a ter um passeio inesquecível. Tenha calma, e pegue aqui uns torrões de açúcar para dar para eles. Dê somente um para cada um... olhe e escolha com calma.

Caminhei entre eles sem saber para onde olhar primeiro, pois todos eles eram muito bonitos!

Então comecei a andar devagar, olhar um por um, falar com eles e olhar no fundo dos olhos de cada um acreditando piamente na sensibilidade tão falada desses animais fabulosos. Foi quando eu o vi. Um cavalo mais baixo que os outros, quieto e parecia me pedir algo com os olhos. Estendi a mão com um torrão de açúcar e ele pegou de forma bem cuidadosa. Como ele não se mexeu do lugar eu acariciei sua cabeça levemente. Ele foi para trás mancando muito e notei que sua pata traseira direita estava muito machucada, com uma bandagem já suja dele ter ficado deitado. Não sei explicar o porque, mas não conseguia sair dali para continuar minha escolha. Fiquei ali um tempo até que percebi nele uma tristeza muito grande. Quase que instintivamente abri a cancela e libertei o que eu chamava de amigo agora. Dei outro torrão de açúcar e ele parecia me acompanhar lentamente até a relva que não ficava longe dali. Caminhamos lentamente até um tronco grande no chão onde eu me sentei. Parecia uma dessas árvores enormes e antigas que sofreram com cupins e caíram praticamente inteiras. Sentei-me e ele parecia me fazer companhia. Nesse momento eu já tinha desistido de cavalgar, tamanha a paz que sentia misturada com uma satisfação por ter uma companhia especial. Ele comeu a relva nas proximidades de onde eu estava e eu falava com ele como se fosse um amigo antigo.

Não demorou para que o seu Manoel notasse que a baia errada fora aberta e que o Demolidor não estava ali. Preocupado andou na direção de onde estávamos e logo nos avistou. Não tínhamos ido longe, mesmo por que Demolidor não podia andar muito. Ele ficou ali por alguns instantes observando a nós dois e sorriu de leve. Sem querer, pelo menos sem eu querer, ficamos no lado contrário de onde todos estavam. Só estávamos eu e ele. A paz que senti naquele momento é uma dessas coisas que não se explicam. Só quem já sentiu isso sabe do que estou falando. Depois de alguns minutos seu Manoel se aproximou de nós dois e se sentou do meu lado. Eu sorri e disse:

_ Não devia ter aberto a baia dele, não é? Mas confesso que não resisti ao olhar dele que parecia pedir para andar um pouco aqui fora.

_ Eu trabalho com cavalos a minha vida toda e já vi de tudo. Esse cavalo gostou de você e uma afinidade entre vocês é muito clara para mim. Você compreendeu o que ele precisava e ele sabia que você poderia entendê-lo. Ele, quando estava bom da perna, corria por esses pastos livremente e ganhou muitas corridas. Era o Demolidor. O dono dele, um homem sem coração e muito rico, gordo, enorme, o comprou por um bom preço depois que ele ficou um pouco mais velho e não podia mais ganhar nenhum prêmio. Apesar das insistentes explicações que dei para ele, ele, ainda assim, quis andar no cavalo que estava acostumado somente a jóqueis. Nesse passeio ele o forçou a pular um buraco, mas com todo aquele peso em cima dele ele enroscou a pata traseira na beira do buraco e foram os dois para o chão. Ele quebrou a pata em três lugares e normalmente sacrificamos animais assim. Mas esse homem gritou que não tinha gasto seu dinheiro para matar o animal agora. Mandou que o veterinário arrumasse a perna dele para vender depois para o primeiro trouxa que aparecesse. Isso foi há três meses. Desde então ele fica preso na baia sozinho e somente o veterinário e eu nos aproximamos dele.

_ Entendo... ele me pediu para passear um pouco... mas parece que ele sente o fim da vida chegando... tão estranho...

_ É isso mesmo. Ele está muito velho e já devia estar morto por conta da perna. Duvido que o homem consiga vendê-lo... É um animal condenado!!!

Ficamos lá nem sei por quanto tempo. Conversamos sobre tudo daquele lugar. Seu Manuel trabalhou para esse mesmo homem a vida inteira. Ele viu Demolidor nascer e se tornar uma lenda entre os jóqueis e apostadores. Acompanhou suas derrotas e sua velhice. Eram amigos também.

Depois de um tempo Demolidor deitou-se do nosso lado e ficou quietinho esperando algo. Nos levantamos e o levamos calmamente para a baia. Ele obedeceu. Senti pena dele ao mesmo tempo que um carinho inexplicável. Ele me ensinou que temos que aceitar o que a vida nos traz e devemos fazer o melhor com o que temos, aproveitando as oportunidades e amigos que nos aparecem.

Depois disso seu Manoel me confiou outro belo cavalo para eu passear pelos lindos caminhos daquele lugar incrível no meio da cidade. Todo tipo de árvores foram plantadas lá, e um lago artificial foi colocado em um dos lados do campo. O passeio foi muito gostoso. Era uma cavalo marrom com grandes manchas brancas e a crina de duas cores. Macho, calmo e muito obediente. Ao menor toque da rédea ele mudava e obedecia. Me senti um ser terrível. Nunca soube ser tão obediente como ele. Quanto a gente aprende com esses animais.

O tempo acabou e eu voltei para a baia. Seu Manoel estava ajudando outros então aproveitei para dar uma olhada nas redondezas do galpão. Fui com o cavalo malhado bem devagar. Parei a uma boa distância para ver outros cavalos lindos sendo cavalgados e que jamais seriam alugados pelo preço que eles custavam a seus donos. Cavalos da mais pura raça e de portes diversos. Causavam espanto e admiração da minha parte. Dei dois tapinhas no pescoço do malhado e disse para ele, você é tão bom como eles, pois você é obediente e bondoso. Dei um daqueles leves puxões na rédea fazendo aquele barulho característico com a boca e ele prontamente mudou de lado voltando para a baia. Seu Manoel estava me observando de novo. Desci dele e agradeci pela tarde fabulosa que tivera. Prometi voltar no próximo sábado. Seu Manoel parecia entender todas as coisas a sua volta, como se tivesse um ouvido para cada coisa e pessoa que estava por lá. Acho que a experiência faz isso com as pessoas de bom coração.

No sábado seguinte eu voltei como quem volta para um velho amigo. O portão estava aberto e eu fui direto para a baia do Demolidor. Vazia. O malhado estava ali, mas eu não sabia onde estava o seu Manoel. Andei por ali em busca de informação. Um rapaz me avisou que seu Manoel estava perto do carvalho caído. Entendi que era onde eu estivera no sábado passado. Fui para lá e seu Manoel estava sentando com um aspecto triste e reverente. Sentei-me do lado dele sem dizer uma palavra por um tempo.

_ Ele se foi não é seu Manoel?

_ Sim. Eu o enterrei ali na frente. Morreu na terça.

Foi então que eu notei o monte de terra com uma madeira simples com um nome escrito por um bom canivete ou algo do gênero: “Demolidor”.

Oportunidades são coisas que não podemos perder nunca. Fiz um amigo feliz antes de deixar esta terra. Com ele aprendi a sempre fazer isso com todos, animal e gente. Dar o melhor que temos e levar a reverência onde quer que estejamos. Observar com calma as coisas a nossa volta. Sentir o coração e ver nos olhos a alma dos que nos rodeiam. Aprende-se muito com os animais e com os mais velhos.

Seu Manoel ficou comigo ali em silêncio um tempo e depois fui dar meu passeio com malhado que, aliás, tinha o nome de Smooth.

terça-feira, 17 de março de 2009

A mudança do Português!!

Você concordou com todas as mudanças da Nova Gramática? Eu não! Tem coisa que facilitou (tirar o trema por exemplo) mas tem coisas que ninguém merece!
Se você pensa como eu entre nesse site e vote também, quem sabe não conseguimos mudar alguma coisa?
Cansei de ser passiva...
Um abraço
Claudia

domingo, 8 de março de 2009

Medo...

Amigos, 
Esse texto foi escrito em um dia muito difícil e eu não ia colocar aqui, mas entendo que somos todos iguais no que diz respeito a sentimentos, e isso pode ajudar alguém, ao ver que é possível vencer a tudo nesta vida, quando buscamos o Nosso Salvador de coração.
Um grande abraço!!

Medo...
Ele nos murcha perante qualquer situação...
Coragem é lutar contra ele por mais que nos apavore...
Covardia...
É o que sinto e me apaga e me devora de dentro pra fora!!
Raiva!!
Muita raiva por não ter culpa da dor que sinto e que me devora um pouco a cada dia...
Cura...
Onde ela realmente está?? Quem pode saber com certeza? NINGUÉM!!
Nem mesmo eu sei...
Salvador, onde foi que eu O coloquei nisso tudo??
Você me ensinou que a fé tira todo o medo... então eu não tenho fé em Ti!! Agora sei!! Onde foi que eu te coloquei nisso tudo?? Você sempre foi meu melhor amigo e eu pensava que tinha confiança em você, mas vejo que não tenho pois estou com tanto medo que quero me enterrar... mesmo!!
Dor...
Não pára nunca, nunca... não é verdade! Ela me deixou muitos meses em paz... então o que foi que eu fiz pra que tudo voltasse??
Lembrei!!
Que burra!! Eu estava tão bem, tão feliz... então já sei o que fazer... e vou fazer!!!
É claro que a culpa é minha... de quem mais seria??
Não é minha; e é minha...
Raiva!! Muita raiva!! Em inglês usaria Anger!! Or something worst!!! Much worst!!!
Tenho que fazer da raiva minha força, já que não encontro em mais nada essa força!
Absurdo eu me lembrar que falei em alto e bom som que o amor é a maior força do mundo e eu mesma não encontrá-lo para me ajudar!!
Ele não está dentro de mim, então como posso achá-lo??
Eles estão certos... como confiar em alguém tão fraco como eu? Onde está minha força? Não pode ser algo intangível, tem que ser algo que está presente em tudo o que faço e tudo que faço passa a mensagem de fraqueza, incompetência, covardia... Covarde da vida!! Covarde!! Covarde!!!
Eu quero ter de novo meu coração lacrado para tudo como eu tive, é muito melhor!!
Custei tanto pra conseguir isso... Mas se eu andar no mesmo caminho eu vou conseguir de novo...
Equilíbrio...
Definitivamente eu não o tenho!!
Visão... Escuro... Frio... Ninguém...
Como poderia de qualquer forma ver alguém no escuro?? Preciso sair daqui pra ver melhor, preciso do Sol, Ele me esquentará, Ele me iluminará, ele me ajudará a ter uma visão ampliada... Eu preciso confiar nisso pois eu já estive lá antes!!
Ele mesmo me disse... entre uma lágrima e outra... bem no meio da escuridão Ele me disse!!! O Sol pode me ajudar!!
Sol?!!! Me ajuda a te encontrar...
Sol?!!! Me mostra como chegar até aí de novo...
Casa...
Quero voltar pra casa e sei que tem um preço a ser pago pra isso... Agora não sei se é a raiva ou a força que tenho dentro de mim que grita com muita força... Ou seja o amor que pensei que estava morto... Amor a meus pais que me aguardam voltar pra casa... O amor Deles me chamando!!! Eu quero tanto sentir essa paz pra sempre... descansar da dor, da busca... ser feliz finalmente! Amar plenamente sem medo de que acabe, sem medo de que amanhã eu tenha que dizer adeus... sem medo... Minha família verdadeira me aguarda e eu tenho que conseguir voltar pra casa... E tudo está agora nas minhas mãos.
Lutar,
Lutar,
Lutar!!
Por mais que eu tenha medo, por mais que possa doer, por mais que ainda vá doer, chega!!!
CHEGAAAAA!!!
Não posso, nem devo, deixar ninguém se sentir responsável por isso... lutar agora, ou morrer da pior maneira que há!
Lutar é sempre a única opção, não existe outra, simplesmente não há!
As lágrimas que agora me sufocam serão minha força, meu caminho, serão a ferramenta que me fará abrir o caminho!!
...

domingo, 1 de março de 2009

Vivi!!

25 fevereiro de 2009.

Vivi! E vivi muito!

Tão intensamente quanto se é possível viver!

Vida linda!!

Cada nascer do Sol deu para mim um dia cheio de aventuras. Cada pôr do sol fechou consigo, com chave do ouro, um punhado dessas aventuras condecoradas com risadas, lágrimas, brilhos, amores, tristezas e um bocado saboroso de crescimento. Amadurecimento.

Muitas pessoas me perguntam: o que é amadurecer? Já li tantas teorias e explicações que dariam uma boa resposta, mas a melhor delas eu mesma sinto em mim: É viver bem! Permanecer livre de tudo que nos prende, fazer os outros se sentirem felizes, e ter mais e mais auto-controle sobre os menores desejos que temos. Viver!

Não amadureci para tudo que queria, não me considero madura para muitas coisas, mas também não terminei minha jornada!! Então... Amadurecer nunca acaba. Será que depois da morte terá fim? Seria o fim da aventura do aprender!!! O que será depois?

Palavras sempre foram minha paixão. Nem sei se um dia vou dominá-las! Queria muito!

Intensamente, por exemplo, guarda dentro de si tantos significados...! E lembranças então? Nossa, intensamente tem lembranças de tudo um pouco, mas só o que também justifica sua lembrança. Intensamente eu vivi, e quero viver mais. Para isso terei que arriscar de novo, jogar de novo, estar vulnerável como outrora um dia estive...

Almejar, palavra mágica e linda que encerra tudo que temos de mais profundo, mas ao mesmo tempo deixa em aberto uma nova manhã, para daqui a pouco...

Agora experimente dizer essa palavra como se estivesse comendo algo muito bom e que isso enchesse sua boca por inteiro: Viver! Viver!

Tantas lembranças, tantos amigos, tantas lembranças incríveis...

“A vida é como um sonho.” “Missão é um sonho que se torna realidade e uma realidade que se torna um sonho.”

A vida, olhada no dia de hoje é tudo, menos boa o suficiente, mas olhada pra frente guarda esperanças de melhoras e olhando pra trás foi o máximo, mas podia ser melhor...

Não a minha vida. Minha vida eu olho para ela diferente!! Hoje é o melhor dia da minha vida, ontem foram os dias mais incríveis cheios de aventuras bem aproveitadas e amanhã será ainda melhor! Então olho para amanhã com esperança e planos já traçados, olho o hoje com a força de realização necessária para que amanhã ele seja uma excelente lembrança. O meu ontem é simplesmente o máximo. Tudo que pude fazer de melhor eu fiz. Amei muito; aprendi mais ainda; chorei tanto que parecia que nunca acabaria; vi o Sol nascer e se por na infinidade dos acontecimentos; cai muitas vezes, mas me levantei com mais força e determinação de recomeçar e alcançar, e sem Meu Salvador isso nunca seria possível; aprendi sobre mim mesma e isso me ajudou a compreender meu próximo melhor; detestei muito e perdoei a poucos aos poucos; andei só por quase sempre; mas me sentindo sempre acompanhada com um simples sentimento vindo dos céus “do nada” ou através de um anjo chamado amigo; li de quase tudo um pouco; ouvi muito de muitos sobre quase todos os sentimentos humanos; cantei tanto e tanto que quase não pude parar; ganhei e dei tantos abraços mágicos que perdi a conta, mas os melhores foram os “abraços de pescoço” que só podem ser dados pelas criançinhas. Olhei para todos os lados a procura de saídas até encontrá-las; senti todos os perfumes e odores estranhos e com isso aprendi a diferença entre o amigo e o rato. Falei muito até aprender a calar mais para ouvir melhor. Aprendi a ouvir o canto do pássaro e a valorizá-lo em meio a selva de pedras em que nasci, cresci e vivi até o presente. Nunca quis mudar e por isso a mudança sempre doía muito mais, até cavar um buraco dentro de mim. Usei da minha dor pra ajudar que não doesse nos outros... e funcionou como uma luva! Mas esse tipo de ajuda só funciona para quem quer ser ajudado, quem não quer tem que sofrer tudo sozinho. Pena! Maneira boba de aprender, leva mais tempo e custa mais caro... Mas tudo tem seu lado bom!

Certa vez me perguntaram por que eu fazia as coisas como se aquele fosse meu último minuto de vida. Acho que hoje faz sentido responder: Para eu ter as melhores lembranças dessa passagem na terra chamada vida.

Eu vivi! E vivi muito bem!!

Agora que vivi tudo isso... eu quero muito mais! Afinal de contas se consegui tudo isso com tão pouca experiência, o que posso alcançar agora?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Assalto perto de casa!!‏ Parte Dois!

São Paulo, 03 de Janeiro de 2009.


Reunião Familiar pode e deve ser uma força entre nós. Se não a realizamos ou não a fazemos de forma a termos uma experiência espiritual, é provavel que estejamos incutindo em nossas mentes e corações, e pior ainda, nas de nossos filhos, que essa é uma reunião chata e ainda não sabemos o motivo da insistência dela em nossas vidas por parte dos líderes.


Quando eu comecei a preparar aquela reunião familiar na sexta-feira, meu coração clamava por uma idéia que fosse nos elevar e nos ajudar a sermos pessoas melhores. 

Daquele momento em diante eu sentia que deveria passar o filme Os Testamentos de um Rebanho e um Pastor e anotar as características dos personagens principais transformando algumas delas em metas pessoais.


Helam, pai de Jacó, é um personagem fictício, assim como toda sua família, mas a verossimilhança com nosso dia-a-dia é incrível. Foi colocada em um contexto real, mas com detalhes somente imaginados. Afinal de contas conhecemos os povos das américas de hoje e alguns de seus costumes e parece que se basearam em alguns deles. Sua forma de comércio, suas construções, suas vestimentas e, o que poderiam ter sido, suas profissões.


Mas o que mais eu achei incrível foi ver minha vida espelhada em muitos de seus acontecimentos, em como os profetas eram ridicularizados, humilhados e faziam para desacreditarem suas palavras. Extamente como hoje em dia o fazem, com a diferença de não ser algo tão direto. Mas é direto para cada um de nós. Nos tomam por ridículos se cremos em Deus e fazemos de Cristo nosso Mestre. Depois não sabem porque o mundo está essa bagunça. As pessoas não acreditam mais em Deus e não tem mais amor por elas mesmas, a vida não tem um objetivo santo por não se ter esperança na vida após a morte, então tanto faz a vida dos outros como a própria. Simplório, mas verdadeiramente objetivo.


Enfim, o que mais me fez ver a identificação comigo é a esperança. Esperar uma vida inteira pra encontrar com Jesus Cristo. As dúvidas, as perseguições, a família, a incompreenção dos outros e dos próprios personagens diante dos acontecimentos, a pressão de quem não entende e dos que entendem muito bem mas fazem questão de perseguir e diminuir o outro.


A cena final do encontro deles com o Salvador, baseado em relatos das santas escrituras é simplesmente lindo! Lembrei que tudo o que quero mesmo é “voltar pra casa”!


Então eu entendi que o amor de Cristo é maior do que podemos compreender e não importa o que estejamos passando, Ele sabe! Sabe e quer muito nos confortar e nos ajudar, mas infelizmente na maioria das vezes estamos ocupados demais para ouvi-Lo. Ele fez leis que não podem ser quebradas e o arbítrio é a principal delas. Ele não pode invadir nossa vida. Nós é quem temos que convidá-Lo. Ele não pode nos dizer o que fazer até irmos até Ele e perguntar com fervor através da oração. Nem sempre ele vai poder nos proteger das ações alheias, mas se formos até Ele receberemos inpiração em nossas atitudes para saber qual o caminho mais seguro, como sermos felizes nesta vida e na vida futura e, depois de tudo, Ele vai nos confortar e nos carregar se estivermos passando por aflições, sejam elas pequenas ou grandes.


Ontem ele confortou meu coração e fez meu testemunho sobre a veracidade de Sua existência crescer ainda mais.


Jesus Cristo vive. Ele ressuscitou dos mortos e vive. Ele nos ama muito e quer que sejamos felizes para que possamos viver uma vida de grandes e lindas realizações. Deus é o Nosso Pai e foi Ele quem enviou o Nosso Salvador para nos ensinar, ajudar e nos salvar, da grande maioria das vezes, de nós mesmos! Eu quero “voltar para casa” e para isso tenho muito o que realizar nessa vida e fazê-lo muito bem feito.


Confio nas promessas que Ele me fez e luto para viver a cada dia dentro do que Ele me ensinou. Que bom que o amor que Ele me dá é incondicional, pois tenho tanto para mudar!


Eu O amo! Sou grata por poder sentir isso em meu coração. A paz que sinto agora é o contraste imenso com o horror vivido há apenas algumas horas atrás! E ainda é em maior proporção.


Precisava compartilhar com todos o resultado positivo da experiência, afinal de contas compartilhei o lado sombrio da coisa. Todos precisavam saber que há esperança!! Sempre houve.


Isso não significa que baixei a guarda. Ele me ensinou que seu eu fizer minha parte Ele fará a Dele.


Um grande abraço a todos,


Claudia Bauer Martire

Assalto perto de casa!!‏ Carta aos amigos...

Amigos que me visitam!!

Nesses dias temos visto diversos assaltos e violências nas imediações da nossa casa. Pessoas armadas, de carro, à pé, e mais de uma vez vimos vizinhos e amigos serem assaltados violentamente. Na semana passada na rua ao lado mataram um homem quando colocava o carro na garagem!! Eu conheço pessoas que moram lá!! Terrível!!

Como podem ver a segurança quem faz somos nós então aí vão algumas dicar úteis!

Primeiro lugar: Tenham sempre a sensibilidade de obedecer ao Espírito Santo. Se sentirem que não devem vir pra minha casa, não venham!! Se sentirem que não devem parar não parem! Se sentirem que as pessoas na rua são estranhas e te fazem sentir medo não parem!!

Segundo lugar: Quando vierem para minha casa de carro, olhem muito bem a rua se não tem ninguém “morgando” pela redondeza! Morgando significa que essa pessoa não pertence ao lugar, que não é amigo ou vizinho e que está andando devagar e observando. 

Terceiro lugar: Quando você vier de carro para casa coloque o carro na garagem da minha casa e se prepare para saídas e entradas muito rápidas na minha casa, sem ficar demorando muito. Na verdade isso tem que ser feito com muita precisão e rapidez. Uma vez que as portas do carro ou do portão estiverem abertas temos que ser muito rápidos.

Quarto lugar: Jamais, em tempo algum ninguém com carro poderá ficar parado na porta da minha casa nem pra dar um “recadinho de um minutinho”, pois esses seres desprovidos de amor ao próximo só precisam de segundos para realizarem suas obras que perdurarão para a eternidade em alguns casos.

Quinto lugar: Acho que alguns costumes antes abandonados podem muito bem serem resgatados, como o de orar antes de sair de casa, obrigatoriamente.  Penso que muitas coisas aconteciam aos nefitas para ajudarem eles a se lembrarem do Pai. Se você sempre faz isso na sua casa, pode muito bem fazer ao sair da minha.

Gostaria de deixar bem claro que todos irão me chamar de “carola”, “exagerada”, “desesperada”, e outras coisas mais, mas se você vier na minha casa eu serei isso e muito mais pelo bem e segurança de todos.

Sei  que a tendência é piorar, pois cada vez que levantam um prédio caro nas redondezas, a quantidade de bandidos de todo tipo também aumentam. E infelizmente essa praga de prédios novos não param de crescer.  Essa era pra ser uma área sem prédios, mas como tudo nesse país, as leis não funcionam.

Eu não estou brincando, e acabamos de presenciar novas cenas de violência.

Sem mais,

Claudia Bauer Martire

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Terra que Ninguém

Por: Ninguém mais importante que Eu

A Terra do Nunca ficava, na verdade, há alguns quilômetros da Terra que Ninguém.

Era uma terra muito bonita, lindas praias, areia limpa e muito branquinha, com todo tipo de animais e plantas. Desde que foi descoberta por aqueles homens maus, que fugiam da justiça de algum outro lugar, das Terras Antigas, aquela terra nunca mais foi a mesma.

A história nunca foi totalmente contada, e muita coisa foi omitida ou mudada. Coisas de gente ruim, sempre mentindo ou mudando a verdade para esconder do que poderia comprometê-los!

O tempo foi passando e aqueles ladrões de casaca dominaram a nova terra. Depois de um tempo eles descobriram que estavam salvos da justiça e que nunca seriam encontrados naquele lugar. Melhor ainda, eles descobriram que era uma Terra que Ninguém nunca antes havia pisado e grande o suficiente para eles viverem lá para sempre. Também não pertencia a nenhuma outra forma de governo, então eles podiam mandar como quisessem e fazer o que quisessem, na verdade estabelecer um desgoverno.

Luis Laurindo estava nas embarcações. Sem parte da sua mão direita ele também fugia de alguém.

O grande Capitão Burro tinha uma lista invejável de roubos e assassinatos. Mas nunca provaram que era ele. Sempre alguém era preso no lugar dele.

Mas na Terra que Ninguém, o que ele não esperava e detestava finalmente tornou-se a realidade: Como não tinha de quem roubar e era uma Terra que Ninguém morava, eles mesmos teriam que plantar pra comer, eles mesmos teriam que construir casas e toda a estrutura de uma Terra que Ninguém tinha feito nada até agora.

Revoltado com isso e sentindo saudades de praticar suas maldades, Capitão Burro junta em uma embarcação alguns homens com um plano maligno: Roubar pessoas para trabalharem para eles. Escravos, na verdade.

Astuto, ele sabia que teria que trazer pessoas que não fariam diferença para as Antigas Terras que ele conhecia. Ao contrário os políticos mandariam caçá-lo até o fim do mundo. Então roubou à noite todos os pedintes e recém presos que pode libertar. Ainda invadiu pequenas vilas de pessoas que sofriam a perseguição dos líderes e, com falsas promessas de liberdade e os levou para a Terra que Ninguém.

Seu grande discurso para convencer a esses era dizer que era uma Terra que Ninguém iria perseguir eles e que seriam livres lá.

Com a embarcação abarrotada de todo tipo de gente eles partiram.

Nesse meio tempo Luis Laurindo já tinha construído sua casa longe da maioria, no meio da selva, meio que fugido dos capangas do Capitão Burro. Na calada da primeira noite em Terra que Ninguém, ele se esgueirou pelas matas escuras. Andou até cansar e na manhã seguinte, com algumas ferramentas que ele tinha roubado, começou a construir. A casa ficou grande e ele separou um grande terreno em volta com cercas e armadilhas. Afinal de contas ele sabia bem com quem ele tinha viajado. Logo eles poderiam ir atrás dele. Mas seu temor nunca se concretizou, o que foi bom.

Capitão Burro e sua embarcação chegou na praia e todos estavam já gritando. Medo e raiva em berros de todos os lados. Durante a viajem ele havia se revelado para os pobres que eles eram seus escravos. A revolta na viagem ceifou vidas e os demais se contiveram para sobrevivência.

Os anos se passaram com muitas revoltas de todas as classes (classes essas mais tarde diluídas por Capitão Burro pelo poder financeiro) diferentes que se formaram. Entre os líderes das revoltas estava sempre Luis Laurindo. Mas nunca de forma direta.

Ele ganhou a confiança das classes mais ignorantes. Conhecimento mesmo tinham os grandes ladrões. Eles eram pessoas que muito haviam estudado na sua terra natal e seu conhecimento havia sido usado para seus propósitos sombrios. Como sempre vemos, a ignorância é a arma usada pelos fortes, ladrões, covardes e manipuladores para dominarem e tirarem todo tipo de vantagem.

As escolas colocadas nos anos seguintes ensinavam como serem mais escravos, dando a falsa idéia de escolaridade. A verdade foi sempre mascarada e a desesperança sempre plantada no povo desde a mais tenra idade. Todos sempre acreditavam que esperança só era uma realidade para os ricos e poderosos e que jamais seriam assim. Sem acreditar, nunca houve uma mudança real. O povo se afundava cada vez mais. “Não adianta querer mudar as coisas, nunca vai adiantar!”

Então o que se ensinava nas escolas? Como plantar melhor, como respeitar mais os poderosos, como limpar melhor suas casas, como tratar melhor seus herdeiros, a serem sempre bons servos e escravos. Como disse, falsas idéias da verdadeira educação.

O povo trabalhava até a morte, que muitas vezes era provocada pela falta de alimentação e cuidados básicos. Mas os que governavam não ligavam. Se morressem muitos escravos iam até as Terras Antigas roubar mais gente.

Como a Terra que Ninguém ficava perto da Terra do Nunca, a morte não atacava seus moradores tão facilmente. Alguém bem alimentado podia viver muito mais que as árvores. Daí podemos ver que a morte causada na Terra que Ninguém era uma barbaridade em todo o seu sentido. E o povo sabia disso.

Luis Laurindo era diferente. Ele morava longe do povoado na sua terra demarcada na ausência dos grandes e viveu lá com uma das mulheres que ele roubou na noite em que a embarcação havia chegado de sua primeira viagem. Esperto e grande observador viu a maneira que os líderes conduziam o povo como gado, sem deixar que eles pensassem em liberdade ou direitos. A mulher logo percebeu que, apesar de ter sido levada naquela situação, ele era a melhor opção, pois ele procurava uma companheira e não uma escrava como os demais. Nas armadilhas que ele havia montado caíram muitos dos que queriam fugir do Capitão Burro e seus capangas. Como as terras de Luís Laurindo eram no meio da floresta, demorou muito até que soubessem de sua existência. Até esse dia deu para ele salvar a vida de muitos que fugiram e caíram nas suas armadilhas. Só ficou conhecido entre os que queriam fugir da escravidão, a fama dele demorou pra se espalhar na Terra que Ninguém. Ele dava uma casa, liberdade, comida e só pedia para que eles ajudassem a manter a propriedade livre dos ladrões. Logo ampliaram a propriedade do Luís Laurindo para que todos os seus agregados tivessem onde ficar.

Os capangas do Capitão Burro, nunca souberam das terras do Luís Laurindo por ser dentro da mata fechada, de muito difícil acesso, e cheia de armadilhas que pareciam não terem sido construídas, mas parte da natureza. Luís Laurindo era muito bom nisso. E os que eram salvos guardavam a verdade a mil chaves.

Como Luís Laurindo perdeu parte da mão direita antes de desembarcar, na verdade perdeu para se salvar da prisão em que foi colocado, passou a usar essa desculpa para não mais trabalhar na lavoura e em outras necessidades, pedindo para que os seus agregados o ajudassem em troca de suas vidas e suas casas. Ninguém pensou em como ele havia conseguido levantar toda a sua propriedade antes e sozinho.

Não demorou muito para que Luís Laurindo desse liberdade para os seus irem até a cidade, mas os avisava que não iria libertá-los caso caíssem nas mãos dos governadores corruptos que buscavam mais escravos e queriam saber dos que tinham fugido. Fazia com que eles jurassem que, se fossem pegos, não diriam nada sobre as terras escondidas na floresta.

Com a promessa do mais absoluto silêncio e gratidão por ter salvo suas vidas, os homens iam até a cidade em busca de mulheres e de saber o que acontecia na cidade. O que eles não sabiam era a verdadeira intenção de Luís Laurindo. Ele queria mesmo era manipular esses homens dando a eles a falsa idéia de liberdade.

Os homens sempre voltavam com a esposa, outros casais e aventureiros. Faziam as viagens à noite para não serem vistos e para que os guardas não conseguissem segui-los no caminho secreto até as propriedades do Luís Laurindo.

Todos trabalhavam para seu sustento e as propriedades de Luís Laurindo aumentavam a cada dia para o interior das terras. Afinal de contas sua fama havia se espalhado entre os mais pobres e ignorantes da cidade e muitos se aventuravam a encontrarem a terra da liberdade como acreditavam que era.

Luís Laurindo sempre dizia que a terra era dele, sempre deixou isso bem claro, e que ele aceitava qualquer um para morar lá, desde que aceitasse trabalhar para ter seu próprio sustento e que uma parte do alimento fosse para sua família, que crescia a cada dia. Muito melhor que ser escravo e morrer pela falta de alimentos ou pelo excesso de surras.

Dessa forma em pouco tempo Luís Laurindo tinha um verdadeiro império. Mas ele não estava satisfeito. Queria ser dono de toda a Terra que Ninguém. Então ele se vestiu como um mendigo, se uniu aos seus mais antigos e fiéis cupinchas e foi para a cidade.

Ficou mendigando por lá por semanas e conversou com todo tipo de gente pra saber o que o povo mais queria. Descobriu que a escravidão era grande, mas agora eles não podiam voltar para as Terras Antigas com o risco de morrerem ou serem capturados. Afinal de contas a maioria deles eram fugitivos da lei ou escravos comprados a bom preço. Muitos guardas esperavam pelo Capitão Burro e seus ladrões de gente nos mais diversos pontos das águas, pois sua fama já havia corrido kilômetros. Na última investida eles quase não conseguem voltar para a Terra que Nunca.

Então resolveram dar mais comida e água para os escravos e lançaram uma lei que os protegia das surras. Por incrível que pareça, muitos donos de escravos se tornaram escravos pelo não cumprimento da lei. Eles não podiam arriscar. Não havia como roubarem mais gente.

Como o poder do dinheiro não era mais respeitado, pelo menos não os que tinham um pouco mais que alguns escravos, e não havia segurança com esse governo por não haver fidelidade, muitos estavam simplesmente irados e revoltados. Imagina um dono de escravos virar escravo! Inadimissível!

Corria entre o povo a lenda que havia um paraíso depois das florestas fechadas, mas que muitos morriam na tentativa de alcançá-lo. Na dúvida, os mais covardes nunca tentaram sair de lá. Por mais que falassem ser um paraíso.

Luís Laurindo ficou muito feliz em ver que isso se dava com a maioria do povo. Não haviam divisões sociais, mas privilégios eram comprados por muito dinheiro ou pela doação de escravos. Não havia condições de crescimento ou ascensão social. Não haviam garantias de estabilidade social.

Capitão Burro tinha todo o poder, mas nenhuma tranqüilidade com o povo que cada dia saqueava ou incendiava alguma propriedade dele. Essas investidas se tornaram mais e mais comuns entre o povo. Com mão de ferro ele não matava para não ter prejuízos no trabalho, mas os esfolava até o limite. Muitas vezes passava sal grosso nas feridas e os deixavam um dia inteiro esticados no Sol escaldante enquanto um outro gritava ao seu lado o motivo daquele homem estar lá. Tinham que servir de exemplo.

Antes que morressem eram salvos e recolocados na escravidão. Se era alguém que nunca tinha trabalhado como escravo, eles verificavam seu nível de resistência e davam um trabalho escravo ameno mas gradativo até estar pronto.

Com isso a inimizade do povo chegou a limites inaceitáveis.

Luís Laurindo logo começou a espalhar entre os rebeldes e revoltados que esse paraíso podia ser aqui mesmo, desde que eles destronassem o Capitão Burro. Parecia haver esperança afinal. Não demorou muito para que reconhecessem nessas palavras algo que pudessem realizar.

Mas ainda se perguntavam quem seria o líder que ficaria no lugar e que cuidaria do povo já tão sofrido e tão volumoso que ocupavam uma faixa muito grande na beira das águas.

Luís Laurindo não tardou em espalhar que nesse paraíso na floresta havia um líder que não batia nos seus liderados, que eles tinham suas casas e um pedaço de terra emprestado somente para plantar ou cuidar de animais, que podiam trocar entre eles o que cultivavam tendo como única lei pagar ao dono da terra um pouco dos seus ganhos com o trabalho. Diante da atual realidade isso realmente parecia um paraíso.

Luís Laurindo viu nisso a oportunidade que esperou por tantos anos.

Não demorou muito para ele se infiltrar em vários grupos de rebeldes e colocar em seus corações o desejo de contatarem esse líder maravilhoso que lhes traria a liberdade. Os seus cupinchas de confiança se infiltraram em diferentes grupos com a mesma história. Luís Laurindo havia prometido aos seus cupinchas uma parte das terras onde eles governariam com ele e não precisariam mais trabalhar. Com isso eles eram muito convincentes em fazer o povo pensar e acreditar que essa revolta era idéia deles e não uma idéia plantada por alguém.

Marcado o dia da revolta, Luís Laurindo se revelou em uma clareira na floresta. Com parte de seu povo que veio de suas terras e muitos grupos formados pelos seus liderados, eles invadiram as terras e destronaram Capitão Burro e todos os que o apoiavam. Luís Laurindo não quis arriscar e matou a todos.

Começava assim uma nova era. O povo comemorou por dias seguidos. Então as novas organizações se firmaram, seus líderes passaram a tomar conta de pequenas propriedades chamadas de Separação Menor, mais conhecidas por nós como estados. Luís Laurindo era o líder de todos.

Logo nos primeiros dias mandou trazer da propriedade dele comida para os escravos, deu uma casa para cada família e emprestou um pedaço de terra para eles plantarem. Mesmo se eles já morassem lá desde os tempos da invasão das novas terras, ainda assim as terras foram declaradas propriedade do governo de Luís Laurindo, o salvador dos escravos. Outros receberam um pedaço maior pois cuidavam de gado e outros animais.

Viveram em relativa paz por muitos anos, pois sempre que um jovem quisesse se revoltar contra Luís Laurindo era lembrado pelos mais velhos que ele era um herói e que seriam todos sempre devedores. Esse tipo de pensamento era disseminado de tempos em tempos pelos liderados do governo de forma a fazerem acreditar que isso era uma realidade, uma tradição quase religiosa e não uma idéia plantada pelos do governo.

Mas Luís Laurindo não se satisfez. Achava que isso ainda era pouco. Então entrou com uma tropa em uma das embarcações e foi para as Terras Antigas para fazer trocas financeiras. Como muitos anos se passaram e Luís Laurindo não era conhecido pelas autoridades como era o Capitão Burro, ele se passou como um grande líder de uma terra distante que procurava por novas alianças. Foi muito bem recebido e logo levado para os grandes governos. Fez alianças milionárias, onde ele e seus governadores de Separações Menores, ficariam milionários e poderiam ter muitas vantagens nas antigas terras de onde um dia haviam sido vistos somente como fugitivos. Ninguém se lembrava deles, mesmo porque suas vestimentas eram outras.

O trato era simples: Eles deveriam trazer pela embarcação uma quantidade absurda de todo tipo de alimentos que era produzido na Luís Laurilândia. Sim, ele havia acabado de mudar o nome do seu império, disfarçado de governo. Para isso, o povo teria que ser aumentado na quantidade de doações, de trabalho e de sacrifício.

Luís Laurindo e seus capangas ricos, voltaram com documentos de liberdade para o povo das Terras Antigas, como tratados de paz. Seriam livres nas Terras Antigas, perdoados de seus delitos, se pudessem trabalhar sem descanso nos sete dias da semana. Dependendo do delito ficariam como escravos. Eles tinham normalmente dois dias na semana de descanso na Laurilândia. É claro que ninguém quis voltar. É claro que nas Terras Antigas ninguém sabia de tal acordo, nem da confecção desses documentos, muito menos de que o povo da Terra que Ninguém, agora chamada de Laurilândia, era na verdade o povo pego na calada da noite pelo Capitão Burro.

Os documentos haviam sido forjados no trajeto de volta para casa. Mas eles não precisavam saber disso. Ninguém saberia. Eram mentiras para manter o povo na própria terra e não ver ninguém querendo voltar ou fugir do seu império.

Luís Laurindo aumentou suas contribuições que passaram a se chamar impostos do bem, para que Laurilândia se tornasse uma grande potência, assim como eram as antigas terras. Em pouco tempo o povo tinha que dar um pouco mais que a metade de seus bens para alimentarem esse sonho. Na verdade ficavam somente com o necessário para a sobrevivência e mal podiam fazer trocas entre eles como era antigamente. Agora ele era tão ou mais ganancioso que Capitão Burro, só que mais astuto para ter sempre mais.

Laurilândia  era a Terra que Ninguém sabia que existia, era a Terra que Ninguém podia ter conhecimento, era a Terra que Ninguém tinha esperança em algo maior por não saber que existia algo maior, era a Terra que Ninguém reclamava por pensarem que eram gratos, era a Terra que Ninguém lutava por direitos por não saberem o que isso significava, era a Terra que Ninguém acreditava poder haver melhor lugar para morar, pois pensavam que era a continuação do paraíso que um dia estava confinado no meio da floresta, era a Terra que Ninguém queria deixar pensando e acreditando serem felizes como ninguém e finalmente era a Terra que Ninguém jamais contestou contra seu governo, pois eles tinham o que comer, o que vestir, onde morar, então por que se revoltar?

Acostumados, sem esperança, ignorantes, manipulados, com as informações deturpadas e os livros mudados antes de serem liberados, o povo viveu sua escravidão disfarçada em liberdade pelo resto de suas vidas.

E ainda agradeciam.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Seta: Acessório ou Ferramenta??


São Paulo, 05 de janeiro de 2009.

Costumava dirigir o Fusca da minha tia quase todo dia. Ir pro supermercado, pro banco, pra casa das minhas irmãs, levar e trazer pessoas, passear...
Sempre usei e uso até hoje o pisca-pisca pra avisar o que pretendo fazer como parar para estacionar, virar, entrar na garagem, coisas que as pessoas não tem como adivinhar...

Então percebi que gradativamente, quase de forma imperceptível, os carros modernos foram sendo fabricados sem a seta!!

Você já notou isso? Presta atenção! O carro para na sua frente sem mais e nem menos, e então sem nenhum tipo de aviso, ele vira na rua, na entrada da garagem, na loja, no posto de gasolina, etc....

Ainda me lembro das aulas para tirar carta de motorista onde fui instruída a sempre dar a seta do carro para virar para qualquer lado, entrar na rua e quando a seta não funcionar deveria dar sinal de braço colocando o braço para fora da janela e acenar para a esquerda se for virar para a esquerda e para cima se fosse para a direita.

Será que tudo isso é obsoleto hoje em dia??

Sei que descobri que os carros novos, com menos de 6 anos de fabricação tem o pisca alerta e o pisca-pisca de aviso como um acessório opcional!! Totalmente opcional! Primeiro que acessório é uma palavra que significa que algo é opcional, como o cinto, a bolsa, o colar, o prendedor de gravata e a por aí vai... Então não é uma ferramenta de aviso, de alerta, é praticamente desnecessário! Os outros que se virem pra saber o que o infeliz do motorista vai fazer!! Depois não sabem o motivo real das pessoas serem tão agressivas, buzinarem tanto, e até de serem acusados (injustamente) de causarem acidentes!!

Fala sério gente!! Não tá na hora de acordarmos pra real situação de que nós que vivemos em uma metrópole, com tanta gente ao nosso redor, precisamos aprender a viver em sociedade??

Uma campanha da volta do pisca-pisca!!

Educação nunca é demais!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Arbítrio – Liberdade de fazer qualquer coisa??

São Paulo, 01 de janeiro de 2009.

Mesmo quem nunca estudou as escrituras sagradas já ouviu falar ou sabe alguma coisa sobre arbítrio. Na verdade fala-se em Livre Arbítrio. Mas essa não é uma forma adequada de chamar esse, que na verdade, é um grande poder.

Quando ainda estávamos na presença de Deus prezávamos pelo nosso direito e poder de escolher nossas ações e sabíamos que era exatamente isso que nos fazia mais inteligentes e mais parecidos com Nosso Pai Eterno.

O termo correto é Arbítrio. O Arbítrio é o nosso direito eterno de escolher o que pensamos, desejamos e fazemos. Na verdade é um poder que nos foi dado por Deus antes de nascermos e nós tivemos uma briga nos céus para mantermos esse direito.

Foi apresentado ao Pai dois planos para salvar a humanidade. O primeiro prometeu que nenhum dos filhos de Deus se perderia, mas eles nunca poderiam escolher. Agiriam como marionetes. Sem fazer nada nunca errado não teria como se perder. Mas nunca escolheriam nada.
Mas esse plano foi bolado pelo pai das mentiras, então é um plano mentiroso e não nos levaria onde queríamos ir.

O outro plano apresentado seria que todos os filhos de Deus permaneceriam com o arbítrio e seus pecados seriam pagos pelo Filho de Deus que se sacrificaria por todos os que se arrependessem e tomassem sobre si o nome Dele, obedecendo por livre e espontânea vontade os mandamentos de Deus. Houve então uma guerra no céu onde alguns apoiaram um plano e outros o outro. O plano correto venceu. Não há progresso sem que aprendamos a escolher de forma correta. Não há aprendizado sem a própria experiência, sem acertos e erros. E quem aprendeu algo sozinho, teve a experiência de descobrir, crescer, entender por causa de uma ou mais escolhas que fez sabe do que estou falando!!!

Por isso se chama somente Arbítrio, por que ele é o poder de Deus compartilhado conosco para termos a Liberdade de escolha.

Mas precisamos nos lembrar que toda escolha carrega consigo uma conseqüência. Escolhemos algo usando o arbítrio, mas o poder do arbítrio se encerra aí. As conseqüências virão independente do que você deseja que aconteça. Escolho pular da janela, mas não posso escolher se vou apenas virar o pé ou morrer. Escolho ofender alguém, mas não posso escolher se esse alguém vai ficar apenas chateado ou se irar a ponto de tentar tirar minha vida.

Conheço muita gente que não estuda, não paga o preço do progresso pessoal e fica reclamando que o governo não resolve o problema de desemprego no país.

Uma outra coisa interessante. Como vimos acima houve uma guerra e Satanás quis tirar de nós o arbítrio. Já percebeu que ele encontrou mil maneiras de nos tornar escravos? Desde a maneira mais tradicional (trabalhadores sem remuneração e sem nenhum direito humano) até pessoas que te fazem engolir fumaça e situações onde nada podemos escolher.

Estar em um lugar público e engolir fumaça de cigarro que é extremamente cancerígena, é uma forma de tirar de você seu poder de escolha, seu Arbítrio, e obrigar você a algo que você não escolheu. O maior problema nisso é quando você descobre que esse ato egoísta do fumante desenvolve em você o câncer do fumante passivo (comprovado que o fumante passivo tem 30% mais chance de desenvolver a doença que o ativo) e se você reclama seus direitos e sobre seu Arbítrio que foi tirado de você, ainda é visto como o ser humano sem educação, reclamão, sem classe e anti-social.

Já tentou dormir no domingo a tarde e apareceu um engraçadinho com aquela música horrorosa no carro, abriu todas as cinco portas, e no volume mais alto fez a cidade toda escutar aquilo? Pois é, lá se foi meu Arbítrio pelo qual eu lutei pra ter desde a fundação do Mundo.

Mas pior mesmo é quando uma pessoa ou criança morre porque alguém usou mal seu arbítrio bebendo e dirigindo achando que tem controle dos seus atos e acreditando que pode fazer o que bem entende.

Dia virá, e não está longe, que todos os nossos atos serão plenamente julgados de forma justa e implacável. Então seria muito bom pensarmos e repensarmos como queremos viver nossa outra vida... essa é aquela que ninguém vai escapar, não importa o que você tenha escolhido hoje, vamos todos pro mesmo lugar!!