terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Terra que Ninguém

Por: Ninguém mais importante que Eu

A Terra do Nunca ficava, na verdade, há alguns quilômetros da Terra que Ninguém.

Era uma terra muito bonita, lindas praias, areia limpa e muito branquinha, com todo tipo de animais e plantas. Desde que foi descoberta por aqueles homens maus, que fugiam da justiça de algum outro lugar, das Terras Antigas, aquela terra nunca mais foi a mesma.

A história nunca foi totalmente contada, e muita coisa foi omitida ou mudada. Coisas de gente ruim, sempre mentindo ou mudando a verdade para esconder do que poderia comprometê-los!

O tempo foi passando e aqueles ladrões de casaca dominaram a nova terra. Depois de um tempo eles descobriram que estavam salvos da justiça e que nunca seriam encontrados naquele lugar. Melhor ainda, eles descobriram que era uma Terra que Ninguém nunca antes havia pisado e grande o suficiente para eles viverem lá para sempre. Também não pertencia a nenhuma outra forma de governo, então eles podiam mandar como quisessem e fazer o que quisessem, na verdade estabelecer um desgoverno.

Luis Laurindo estava nas embarcações. Sem parte da sua mão direita ele também fugia de alguém.

O grande Capitão Burro tinha uma lista invejável de roubos e assassinatos. Mas nunca provaram que era ele. Sempre alguém era preso no lugar dele.

Mas na Terra que Ninguém, o que ele não esperava e detestava finalmente tornou-se a realidade: Como não tinha de quem roubar e era uma Terra que Ninguém morava, eles mesmos teriam que plantar pra comer, eles mesmos teriam que construir casas e toda a estrutura de uma Terra que Ninguém tinha feito nada até agora.

Revoltado com isso e sentindo saudades de praticar suas maldades, Capitão Burro junta em uma embarcação alguns homens com um plano maligno: Roubar pessoas para trabalharem para eles. Escravos, na verdade.

Astuto, ele sabia que teria que trazer pessoas que não fariam diferença para as Antigas Terras que ele conhecia. Ao contrário os políticos mandariam caçá-lo até o fim do mundo. Então roubou à noite todos os pedintes e recém presos que pode libertar. Ainda invadiu pequenas vilas de pessoas que sofriam a perseguição dos líderes e, com falsas promessas de liberdade e os levou para a Terra que Ninguém.

Seu grande discurso para convencer a esses era dizer que era uma Terra que Ninguém iria perseguir eles e que seriam livres lá.

Com a embarcação abarrotada de todo tipo de gente eles partiram.

Nesse meio tempo Luis Laurindo já tinha construído sua casa longe da maioria, no meio da selva, meio que fugido dos capangas do Capitão Burro. Na calada da primeira noite em Terra que Ninguém, ele se esgueirou pelas matas escuras. Andou até cansar e na manhã seguinte, com algumas ferramentas que ele tinha roubado, começou a construir. A casa ficou grande e ele separou um grande terreno em volta com cercas e armadilhas. Afinal de contas ele sabia bem com quem ele tinha viajado. Logo eles poderiam ir atrás dele. Mas seu temor nunca se concretizou, o que foi bom.

Capitão Burro e sua embarcação chegou na praia e todos estavam já gritando. Medo e raiva em berros de todos os lados. Durante a viajem ele havia se revelado para os pobres que eles eram seus escravos. A revolta na viagem ceifou vidas e os demais se contiveram para sobrevivência.

Os anos se passaram com muitas revoltas de todas as classes (classes essas mais tarde diluídas por Capitão Burro pelo poder financeiro) diferentes que se formaram. Entre os líderes das revoltas estava sempre Luis Laurindo. Mas nunca de forma direta.

Ele ganhou a confiança das classes mais ignorantes. Conhecimento mesmo tinham os grandes ladrões. Eles eram pessoas que muito haviam estudado na sua terra natal e seu conhecimento havia sido usado para seus propósitos sombrios. Como sempre vemos, a ignorância é a arma usada pelos fortes, ladrões, covardes e manipuladores para dominarem e tirarem todo tipo de vantagem.

As escolas colocadas nos anos seguintes ensinavam como serem mais escravos, dando a falsa idéia de escolaridade. A verdade foi sempre mascarada e a desesperança sempre plantada no povo desde a mais tenra idade. Todos sempre acreditavam que esperança só era uma realidade para os ricos e poderosos e que jamais seriam assim. Sem acreditar, nunca houve uma mudança real. O povo se afundava cada vez mais. “Não adianta querer mudar as coisas, nunca vai adiantar!”

Então o que se ensinava nas escolas? Como plantar melhor, como respeitar mais os poderosos, como limpar melhor suas casas, como tratar melhor seus herdeiros, a serem sempre bons servos e escravos. Como disse, falsas idéias da verdadeira educação.

O povo trabalhava até a morte, que muitas vezes era provocada pela falta de alimentação e cuidados básicos. Mas os que governavam não ligavam. Se morressem muitos escravos iam até as Terras Antigas roubar mais gente.

Como a Terra que Ninguém ficava perto da Terra do Nunca, a morte não atacava seus moradores tão facilmente. Alguém bem alimentado podia viver muito mais que as árvores. Daí podemos ver que a morte causada na Terra que Ninguém era uma barbaridade em todo o seu sentido. E o povo sabia disso.

Luis Laurindo era diferente. Ele morava longe do povoado na sua terra demarcada na ausência dos grandes e viveu lá com uma das mulheres que ele roubou na noite em que a embarcação havia chegado de sua primeira viagem. Esperto e grande observador viu a maneira que os líderes conduziam o povo como gado, sem deixar que eles pensassem em liberdade ou direitos. A mulher logo percebeu que, apesar de ter sido levada naquela situação, ele era a melhor opção, pois ele procurava uma companheira e não uma escrava como os demais. Nas armadilhas que ele havia montado caíram muitos dos que queriam fugir do Capitão Burro e seus capangas. Como as terras de Luís Laurindo eram no meio da floresta, demorou muito até que soubessem de sua existência. Até esse dia deu para ele salvar a vida de muitos que fugiram e caíram nas suas armadilhas. Só ficou conhecido entre os que queriam fugir da escravidão, a fama dele demorou pra se espalhar na Terra que Ninguém. Ele dava uma casa, liberdade, comida e só pedia para que eles ajudassem a manter a propriedade livre dos ladrões. Logo ampliaram a propriedade do Luís Laurindo para que todos os seus agregados tivessem onde ficar.

Os capangas do Capitão Burro, nunca souberam das terras do Luís Laurindo por ser dentro da mata fechada, de muito difícil acesso, e cheia de armadilhas que pareciam não terem sido construídas, mas parte da natureza. Luís Laurindo era muito bom nisso. E os que eram salvos guardavam a verdade a mil chaves.

Como Luís Laurindo perdeu parte da mão direita antes de desembarcar, na verdade perdeu para se salvar da prisão em que foi colocado, passou a usar essa desculpa para não mais trabalhar na lavoura e em outras necessidades, pedindo para que os seus agregados o ajudassem em troca de suas vidas e suas casas. Ninguém pensou em como ele havia conseguido levantar toda a sua propriedade antes e sozinho.

Não demorou muito para que Luís Laurindo desse liberdade para os seus irem até a cidade, mas os avisava que não iria libertá-los caso caíssem nas mãos dos governadores corruptos que buscavam mais escravos e queriam saber dos que tinham fugido. Fazia com que eles jurassem que, se fossem pegos, não diriam nada sobre as terras escondidas na floresta.

Com a promessa do mais absoluto silêncio e gratidão por ter salvo suas vidas, os homens iam até a cidade em busca de mulheres e de saber o que acontecia na cidade. O que eles não sabiam era a verdadeira intenção de Luís Laurindo. Ele queria mesmo era manipular esses homens dando a eles a falsa idéia de liberdade.

Os homens sempre voltavam com a esposa, outros casais e aventureiros. Faziam as viagens à noite para não serem vistos e para que os guardas não conseguissem segui-los no caminho secreto até as propriedades do Luís Laurindo.

Todos trabalhavam para seu sustento e as propriedades de Luís Laurindo aumentavam a cada dia para o interior das terras. Afinal de contas sua fama havia se espalhado entre os mais pobres e ignorantes da cidade e muitos se aventuravam a encontrarem a terra da liberdade como acreditavam que era.

Luís Laurindo sempre dizia que a terra era dele, sempre deixou isso bem claro, e que ele aceitava qualquer um para morar lá, desde que aceitasse trabalhar para ter seu próprio sustento e que uma parte do alimento fosse para sua família, que crescia a cada dia. Muito melhor que ser escravo e morrer pela falta de alimentos ou pelo excesso de surras.

Dessa forma em pouco tempo Luís Laurindo tinha um verdadeiro império. Mas ele não estava satisfeito. Queria ser dono de toda a Terra que Ninguém. Então ele se vestiu como um mendigo, se uniu aos seus mais antigos e fiéis cupinchas e foi para a cidade.

Ficou mendigando por lá por semanas e conversou com todo tipo de gente pra saber o que o povo mais queria. Descobriu que a escravidão era grande, mas agora eles não podiam voltar para as Terras Antigas com o risco de morrerem ou serem capturados. Afinal de contas a maioria deles eram fugitivos da lei ou escravos comprados a bom preço. Muitos guardas esperavam pelo Capitão Burro e seus ladrões de gente nos mais diversos pontos das águas, pois sua fama já havia corrido kilômetros. Na última investida eles quase não conseguem voltar para a Terra que Nunca.

Então resolveram dar mais comida e água para os escravos e lançaram uma lei que os protegia das surras. Por incrível que pareça, muitos donos de escravos se tornaram escravos pelo não cumprimento da lei. Eles não podiam arriscar. Não havia como roubarem mais gente.

Como o poder do dinheiro não era mais respeitado, pelo menos não os que tinham um pouco mais que alguns escravos, e não havia segurança com esse governo por não haver fidelidade, muitos estavam simplesmente irados e revoltados. Imagina um dono de escravos virar escravo! Inadimissível!

Corria entre o povo a lenda que havia um paraíso depois das florestas fechadas, mas que muitos morriam na tentativa de alcançá-lo. Na dúvida, os mais covardes nunca tentaram sair de lá. Por mais que falassem ser um paraíso.

Luís Laurindo ficou muito feliz em ver que isso se dava com a maioria do povo. Não haviam divisões sociais, mas privilégios eram comprados por muito dinheiro ou pela doação de escravos. Não havia condições de crescimento ou ascensão social. Não haviam garantias de estabilidade social.

Capitão Burro tinha todo o poder, mas nenhuma tranqüilidade com o povo que cada dia saqueava ou incendiava alguma propriedade dele. Essas investidas se tornaram mais e mais comuns entre o povo. Com mão de ferro ele não matava para não ter prejuízos no trabalho, mas os esfolava até o limite. Muitas vezes passava sal grosso nas feridas e os deixavam um dia inteiro esticados no Sol escaldante enquanto um outro gritava ao seu lado o motivo daquele homem estar lá. Tinham que servir de exemplo.

Antes que morressem eram salvos e recolocados na escravidão. Se era alguém que nunca tinha trabalhado como escravo, eles verificavam seu nível de resistência e davam um trabalho escravo ameno mas gradativo até estar pronto.

Com isso a inimizade do povo chegou a limites inaceitáveis.

Luís Laurindo logo começou a espalhar entre os rebeldes e revoltados que esse paraíso podia ser aqui mesmo, desde que eles destronassem o Capitão Burro. Parecia haver esperança afinal. Não demorou muito para que reconhecessem nessas palavras algo que pudessem realizar.

Mas ainda se perguntavam quem seria o líder que ficaria no lugar e que cuidaria do povo já tão sofrido e tão volumoso que ocupavam uma faixa muito grande na beira das águas.

Luís Laurindo não tardou em espalhar que nesse paraíso na floresta havia um líder que não batia nos seus liderados, que eles tinham suas casas e um pedaço de terra emprestado somente para plantar ou cuidar de animais, que podiam trocar entre eles o que cultivavam tendo como única lei pagar ao dono da terra um pouco dos seus ganhos com o trabalho. Diante da atual realidade isso realmente parecia um paraíso.

Luís Laurindo viu nisso a oportunidade que esperou por tantos anos.

Não demorou muito para ele se infiltrar em vários grupos de rebeldes e colocar em seus corações o desejo de contatarem esse líder maravilhoso que lhes traria a liberdade. Os seus cupinchas de confiança se infiltraram em diferentes grupos com a mesma história. Luís Laurindo havia prometido aos seus cupinchas uma parte das terras onde eles governariam com ele e não precisariam mais trabalhar. Com isso eles eram muito convincentes em fazer o povo pensar e acreditar que essa revolta era idéia deles e não uma idéia plantada por alguém.

Marcado o dia da revolta, Luís Laurindo se revelou em uma clareira na floresta. Com parte de seu povo que veio de suas terras e muitos grupos formados pelos seus liderados, eles invadiram as terras e destronaram Capitão Burro e todos os que o apoiavam. Luís Laurindo não quis arriscar e matou a todos.

Começava assim uma nova era. O povo comemorou por dias seguidos. Então as novas organizações se firmaram, seus líderes passaram a tomar conta de pequenas propriedades chamadas de Separação Menor, mais conhecidas por nós como estados. Luís Laurindo era o líder de todos.

Logo nos primeiros dias mandou trazer da propriedade dele comida para os escravos, deu uma casa para cada família e emprestou um pedaço de terra para eles plantarem. Mesmo se eles já morassem lá desde os tempos da invasão das novas terras, ainda assim as terras foram declaradas propriedade do governo de Luís Laurindo, o salvador dos escravos. Outros receberam um pedaço maior pois cuidavam de gado e outros animais.

Viveram em relativa paz por muitos anos, pois sempre que um jovem quisesse se revoltar contra Luís Laurindo era lembrado pelos mais velhos que ele era um herói e que seriam todos sempre devedores. Esse tipo de pensamento era disseminado de tempos em tempos pelos liderados do governo de forma a fazerem acreditar que isso era uma realidade, uma tradição quase religiosa e não uma idéia plantada pelos do governo.

Mas Luís Laurindo não se satisfez. Achava que isso ainda era pouco. Então entrou com uma tropa em uma das embarcações e foi para as Terras Antigas para fazer trocas financeiras. Como muitos anos se passaram e Luís Laurindo não era conhecido pelas autoridades como era o Capitão Burro, ele se passou como um grande líder de uma terra distante que procurava por novas alianças. Foi muito bem recebido e logo levado para os grandes governos. Fez alianças milionárias, onde ele e seus governadores de Separações Menores, ficariam milionários e poderiam ter muitas vantagens nas antigas terras de onde um dia haviam sido vistos somente como fugitivos. Ninguém se lembrava deles, mesmo porque suas vestimentas eram outras.

O trato era simples: Eles deveriam trazer pela embarcação uma quantidade absurda de todo tipo de alimentos que era produzido na Luís Laurilândia. Sim, ele havia acabado de mudar o nome do seu império, disfarçado de governo. Para isso, o povo teria que ser aumentado na quantidade de doações, de trabalho e de sacrifício.

Luís Laurindo e seus capangas ricos, voltaram com documentos de liberdade para o povo das Terras Antigas, como tratados de paz. Seriam livres nas Terras Antigas, perdoados de seus delitos, se pudessem trabalhar sem descanso nos sete dias da semana. Dependendo do delito ficariam como escravos. Eles tinham normalmente dois dias na semana de descanso na Laurilândia. É claro que ninguém quis voltar. É claro que nas Terras Antigas ninguém sabia de tal acordo, nem da confecção desses documentos, muito menos de que o povo da Terra que Ninguém, agora chamada de Laurilândia, era na verdade o povo pego na calada da noite pelo Capitão Burro.

Os documentos haviam sido forjados no trajeto de volta para casa. Mas eles não precisavam saber disso. Ninguém saberia. Eram mentiras para manter o povo na própria terra e não ver ninguém querendo voltar ou fugir do seu império.

Luís Laurindo aumentou suas contribuições que passaram a se chamar impostos do bem, para que Laurilândia se tornasse uma grande potência, assim como eram as antigas terras. Em pouco tempo o povo tinha que dar um pouco mais que a metade de seus bens para alimentarem esse sonho. Na verdade ficavam somente com o necessário para a sobrevivência e mal podiam fazer trocas entre eles como era antigamente. Agora ele era tão ou mais ganancioso que Capitão Burro, só que mais astuto para ter sempre mais.

Laurilândia  era a Terra que Ninguém sabia que existia, era a Terra que Ninguém podia ter conhecimento, era a Terra que Ninguém tinha esperança em algo maior por não saber que existia algo maior, era a Terra que Ninguém reclamava por pensarem que eram gratos, era a Terra que Ninguém lutava por direitos por não saberem o que isso significava, era a Terra que Ninguém acreditava poder haver melhor lugar para morar, pois pensavam que era a continuação do paraíso que um dia estava confinado no meio da floresta, era a Terra que Ninguém queria deixar pensando e acreditando serem felizes como ninguém e finalmente era a Terra que Ninguém jamais contestou contra seu governo, pois eles tinham o que comer, o que vestir, onde morar, então por que se revoltar?

Acostumados, sem esperança, ignorantes, manipulados, com as informações deturpadas e os livros mudados antes de serem liberados, o povo viveu sua escravidão disfarçada em liberdade pelo resto de suas vidas.

E ainda agradeciam.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Seta: Acessório ou Ferramenta??


São Paulo, 05 de janeiro de 2009.

Costumava dirigir o Fusca da minha tia quase todo dia. Ir pro supermercado, pro banco, pra casa das minhas irmãs, levar e trazer pessoas, passear...
Sempre usei e uso até hoje o pisca-pisca pra avisar o que pretendo fazer como parar para estacionar, virar, entrar na garagem, coisas que as pessoas não tem como adivinhar...

Então percebi que gradativamente, quase de forma imperceptível, os carros modernos foram sendo fabricados sem a seta!!

Você já notou isso? Presta atenção! O carro para na sua frente sem mais e nem menos, e então sem nenhum tipo de aviso, ele vira na rua, na entrada da garagem, na loja, no posto de gasolina, etc....

Ainda me lembro das aulas para tirar carta de motorista onde fui instruída a sempre dar a seta do carro para virar para qualquer lado, entrar na rua e quando a seta não funcionar deveria dar sinal de braço colocando o braço para fora da janela e acenar para a esquerda se for virar para a esquerda e para cima se fosse para a direita.

Será que tudo isso é obsoleto hoje em dia??

Sei que descobri que os carros novos, com menos de 6 anos de fabricação tem o pisca alerta e o pisca-pisca de aviso como um acessório opcional!! Totalmente opcional! Primeiro que acessório é uma palavra que significa que algo é opcional, como o cinto, a bolsa, o colar, o prendedor de gravata e a por aí vai... Então não é uma ferramenta de aviso, de alerta, é praticamente desnecessário! Os outros que se virem pra saber o que o infeliz do motorista vai fazer!! Depois não sabem o motivo real das pessoas serem tão agressivas, buzinarem tanto, e até de serem acusados (injustamente) de causarem acidentes!!

Fala sério gente!! Não tá na hora de acordarmos pra real situação de que nós que vivemos em uma metrópole, com tanta gente ao nosso redor, precisamos aprender a viver em sociedade??

Uma campanha da volta do pisca-pisca!!

Educação nunca é demais!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Arbítrio – Liberdade de fazer qualquer coisa??

São Paulo, 01 de janeiro de 2009.

Mesmo quem nunca estudou as escrituras sagradas já ouviu falar ou sabe alguma coisa sobre arbítrio. Na verdade fala-se em Livre Arbítrio. Mas essa não é uma forma adequada de chamar esse, que na verdade, é um grande poder.

Quando ainda estávamos na presença de Deus prezávamos pelo nosso direito e poder de escolher nossas ações e sabíamos que era exatamente isso que nos fazia mais inteligentes e mais parecidos com Nosso Pai Eterno.

O termo correto é Arbítrio. O Arbítrio é o nosso direito eterno de escolher o que pensamos, desejamos e fazemos. Na verdade é um poder que nos foi dado por Deus antes de nascermos e nós tivemos uma briga nos céus para mantermos esse direito.

Foi apresentado ao Pai dois planos para salvar a humanidade. O primeiro prometeu que nenhum dos filhos de Deus se perderia, mas eles nunca poderiam escolher. Agiriam como marionetes. Sem fazer nada nunca errado não teria como se perder. Mas nunca escolheriam nada.
Mas esse plano foi bolado pelo pai das mentiras, então é um plano mentiroso e não nos levaria onde queríamos ir.

O outro plano apresentado seria que todos os filhos de Deus permaneceriam com o arbítrio e seus pecados seriam pagos pelo Filho de Deus que se sacrificaria por todos os que se arrependessem e tomassem sobre si o nome Dele, obedecendo por livre e espontânea vontade os mandamentos de Deus. Houve então uma guerra no céu onde alguns apoiaram um plano e outros o outro. O plano correto venceu. Não há progresso sem que aprendamos a escolher de forma correta. Não há aprendizado sem a própria experiência, sem acertos e erros. E quem aprendeu algo sozinho, teve a experiência de descobrir, crescer, entender por causa de uma ou mais escolhas que fez sabe do que estou falando!!!

Por isso se chama somente Arbítrio, por que ele é o poder de Deus compartilhado conosco para termos a Liberdade de escolha.

Mas precisamos nos lembrar que toda escolha carrega consigo uma conseqüência. Escolhemos algo usando o arbítrio, mas o poder do arbítrio se encerra aí. As conseqüências virão independente do que você deseja que aconteça. Escolho pular da janela, mas não posso escolher se vou apenas virar o pé ou morrer. Escolho ofender alguém, mas não posso escolher se esse alguém vai ficar apenas chateado ou se irar a ponto de tentar tirar minha vida.

Conheço muita gente que não estuda, não paga o preço do progresso pessoal e fica reclamando que o governo não resolve o problema de desemprego no país.

Uma outra coisa interessante. Como vimos acima houve uma guerra e Satanás quis tirar de nós o arbítrio. Já percebeu que ele encontrou mil maneiras de nos tornar escravos? Desde a maneira mais tradicional (trabalhadores sem remuneração e sem nenhum direito humano) até pessoas que te fazem engolir fumaça e situações onde nada podemos escolher.

Estar em um lugar público e engolir fumaça de cigarro que é extremamente cancerígena, é uma forma de tirar de você seu poder de escolha, seu Arbítrio, e obrigar você a algo que você não escolheu. O maior problema nisso é quando você descobre que esse ato egoísta do fumante desenvolve em você o câncer do fumante passivo (comprovado que o fumante passivo tem 30% mais chance de desenvolver a doença que o ativo) e se você reclama seus direitos e sobre seu Arbítrio que foi tirado de você, ainda é visto como o ser humano sem educação, reclamão, sem classe e anti-social.

Já tentou dormir no domingo a tarde e apareceu um engraçadinho com aquela música horrorosa no carro, abriu todas as cinco portas, e no volume mais alto fez a cidade toda escutar aquilo? Pois é, lá se foi meu Arbítrio pelo qual eu lutei pra ter desde a fundação do Mundo.

Mas pior mesmo é quando uma pessoa ou criança morre porque alguém usou mal seu arbítrio bebendo e dirigindo achando que tem controle dos seus atos e acreditando que pode fazer o que bem entende.

Dia virá, e não está longe, que todos os nossos atos serão plenamente julgados de forma justa e implacável. Então seria muito bom pensarmos e repensarmos como queremos viver nossa outra vida... essa é aquela que ninguém vai escapar, não importa o que você tenha escolhido hoje, vamos todos pro mesmo lugar!!