No dicionário temos: “Arte ou processo de produzir, pela ação da luz, ou qualquer espécie de energia radiante, sobre uma superfície sensibilizada, imagens obtidas mediante uma câmara escura. Foto que mostra uma ação acontecendo, como um atleta saltando, um cachorro correndo etc.”
Ou seja, em um único instante é captado uma imagem para ser eternizada, ou pelo menos, congelada por um certo tempo.
Em um segundo temos 1000 milésimos de segundos;
Em um minuto temos 60 segundos ou 60.000 milésimos de segundo;
Em uma hora temos 60 minutos ou 3.600 segundos ou 3.600.000 milésimos de segundo;
Em um dia temos 24 horas ou 1.440 minutos ou 86.400 segundos ou 86.400.000 de milésimos de segundos...
Uma fotografia é tirada em apenas alguns milésimos de segundos...
Quando você vê uma fotografia de um atleta pulando um obstáculo você consegue ver:
Onde ele está? Que bairro? Que cidade? Que país?
É um movimento somente para tirar uma fotografia ou é uma competição?
É uma competição oficial ou treino?
Que data é naquele dia?
Que horas são naquela hora?
Qual o nome dele?
O que ele comeu no desjejum ou no almoço?
O que ele está pensando?
O que ele pensou antes desse momento?
O que ele está sentindo ou sentiu em seu coração horas antes e horas depois disso?
E o que está sentindo naquele exato instante?
Quais suas capacidades e dificuldades?
Quais suas limitações?
Esse é seu país ou cidade natal?
Ele tem família?
Ele tem passado dificuldades ultimamente?
Ele tem chorado por algum problema?
Ele tem amigos? Ele tem ajuda?
Ele dorme bem?
Ele tem condições de se alimentar bem durante o dia?
Seus familiares estão tendo problemas de saúde?
Quais as dificuldades ou sacrifícios ele faz para chegar a algum lugar no esporte?
E na vida?
Afinal de contas, essa é a fotografia de um vencedor ou de um aspirante a vitória?
O que você pode contar sobre a fotografia de alguns milésimos de segundo que possa nos dar idéia de sua história?
Nada!
Você não sabe de nada.
Você é um ignorante[1] sobre o que você vê, a não ser o que foi escrito sobre a fotografia, e nem isso você pode garantir que seja verdade!
A maioria de nós, infelizmente, adora fechar uma conclusão[2] precisa e irrevogável[3] sobre determinada situação baseados em uma fotografia, ou algumas fotografias juntas.
Uma conclusão processada sobre alguns milésimos de segundo e um veredicto final produzido pela mente humana baseado em... nada, absolutamente nada!!!
Quantas pessoas passam pelas nossa vidas opinando no que devemos fazer, falar, vestir, ser, sem ao menos saber mais do que uma simples fotografia...
E pior do que isso... quantas vezes fazemos isso?
Mateus 7:1-2 - Ora, estas são as palavras que Jesus ensinou a seus discípulos para que dissessem ao povo. Não julgueis injustamente, para que não sejais julgados; mas julgai com um julgamento justo.
Todas as vezes que produzo uma conclusão, eu faço um julgamento baseada no meu conhecimento da situação comparando com as leis que me chegaram ao conhecimento, sejam da terra, do céu, seja ética ou regras de conduta moral ou social.
Com tantos milhões de segundos escondendo os reais acontecimentos, como posso tecer uma conclusão justa?
Hora de perguntar, analisar com amor, ajudar, estar do lado de dentro e não do lado de fora...
Hora de calar na incapacidade de adaptação justa e coerente.
Hora de crescer...
Mateus 6:22 - A candeia do corpo são os olhos; de sorte que se teus olhos estiverem fitos na glória de Deus, todo o teu corpo será cheio de luz.
Mateus 6:33 - Portanto não busqueis as coisas deste mundo, mas procurai primeiro edificar o reino de Deus e estabelecer sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
[1] Ignorante: 1 Que, ou quem ignora. 2 Que, ou pessoa que não tem instrução; inculto, iletrado. 3 Que, ou quem não tem conhecimento de determinada coisa. 4 Inábil.
[2] Conclusão: sf (lat conclusione) 1 Ato de concluir. 2 Acabamento. 3 Termo. 4 Conseqüência de um argumento; dedução, ilação. 5 Estado de um processo que é mandado ao juiz, para que este lavre despacho ou sentença. 6 Tese. 7 Ajuste definitivo. C. direta: conclusão cujo termo menor era o sujeito e cujo termo maior era o atributo, na Filosofia antiga. Em conclusão: finalmente.
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