(Assim que eu li o tema logo me
interessei, pois eu vivi essa realidade e vi muitos dos excelentes também
passarem por isso! Hoje estamos em outros lugares fazendo o que amamos e
crescendo com isso! Perderam mesmo grandes talentos e oportunidades. Ou será
que fui eu que ganhei? Eu tinha que partilhar...)
(Senhor Adriano Pedro Bom, espero que veja isso como um grande elogio. Tomara que muitos mudem suas empresas com esses seus conselhos valiosos!)
A arte de desmotivar seus
melhores talentos.
Adriano
Pedro Bom
Diretor at Propter Desenvolvimento
Gerencial e Coach Executivo
Você já deve ter visto isso acontecer. Várias vezes. Como evitar?
Um dos grandes desafios de um líder atualmente é
engajar seu time em busca das metas cada vez mais desafiadoras dos dias de
hoje. E uma equipe engajada surge a partir de indivíduos motivados.
Parece insano, portanto, observar o movimento contrário: muitas equipes são
lideradas por profissionais que dominam a arte de desmotivar seus melhores
talentos. E não estou exagerando, você logo verá.
É certo que a motivação, no sentido mais
abrangente, depende de fatores internos ao indivíduo. Por outro lado, parece que
a desmotivação pode ser bastante bem estimulada por fatores externos.
Listo a seguir três casos bem comuns em
que líderes-bem-intencionados-mas-desatentos acabam por “empurrar” seus
melhores talentos para fora da empresa.
1 – Impedir a promoção de um ótimo colaborador. Esse procedimento é um clássico. Já vi diversos casos em que a
decisão de não promover um excelente profissional acontece pela inabilidade
do líder em delegar e preparar sucessores. O argumento é sempre muito
semelhante: “Como posso promover meu melhor funcionário? Quem fará o
trabalho no lugar dele? Ele precisa compreender que não é possível. ”
E já constatei também mais de uma situação em que, neste caso, um colaborador
menos capacitado fosse então promovido em seu lugar. Consequência:
O melhor talento deixa empresa assim que puder.
2 – Destinar os trabalhos mais complexos e
desgastantes para o profissional mais competente, sem que ele tenha um melhor
reconhecimento por isso. Muito comum
também é observar, em uma mesma equipe, profissionais desnivelados em
competência, mas nivelados em REMUNERAÇÃO e RECONHECIMENTO. Na prática, se um
profissional se destaca por resolver problemas mais complexos, ou por conseguir
desempenhar seu trabalho com maior eficiência, os maiores desafios são
dirigidos a ele ainda que tenha remuneração e reconhecimento idênticos aos
demais do seu time. O que esse profissional ganha sendo tão eficiente e capaz?
Quanto melhor for, mais “abacaxis” terá que descascar em troca da mesma
contrapartida da empresa.Consequência: assim que o profissional de
destaque nota essa situação, em geral começa a se desmotivar, e aos poucos o
seu rendimento cai. Muitas vezes chega a ser dispensado... “Não é mais o
mesmo...”
3 – Deixar de dar feedback ao seu
melhor colaborador. “Afinal, ele sabe que está
indo bem. Não quero atrapalhar seu trabalho...”. Essa forma de pensar é
bastante equivocada. Todos os colaboradores precisam saber se estão no rumo
certo ou não, e, ao mesmo tempo, necessitam sentir que seu trabalho é
reconhecido. Imagine a situação de um excelente profissional que nunca receba
feedback... mas que ao primeiro erro que cometa seja então surpreendido por uma
observação do seu superior. Seu modo de enxergar a situação é mais ou menos o
seguinte: “Eu me dedico tanto à empresa, tenho sempre ótimos resultados, e
não recebo um ‘obrigado’ sequer. Entretanto, quando acontece um mínimo erro sou
repreendido. ” Consequência: o colaborador ficará cada vez
mais desmotivado.
E essa lista pode continuar...
Embora cada uma das situações apresentadas tenha
seu remédio específico, de forma geral o segredo para evita-las parece sempre
girar em torno do nível de ATENÇÃO e EMPATIA com o qual o líder conduz a sua
equipe. Não é mesmo?
Abraço, e sucesso!
Adriano Pedro Bom
Propter Desenvolvimento Gerencial - Educação
Corporativa - www.propterdg.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário